Em 12 de outubro é comemorado o Dia da Independência da Guiné Equatorial. Um aniversário que marca o momento em que os destinos históricos e políticos do país passaram das mãos dos espanhóis às dos próprios equatoguineenses.
Os espanhóis aparecem na Guiné Equatorial com o Tratado de San Ildefonso (1777) quando os portugueses, que estiveram no país até março de 1778, lhes cederam a Ilha de Bioko, facto que se consuma quando três embarcações (La Santa Catalina, La Soledad e Santiago) saíram de Montevidéu em 17 de abril de 1778, chegando à Ilha de Bioko (antes de Fernando Pó).
Os equatoguineenses, antes da proclamação da independência nacional, foram chamados, pela primeira vez na história, a votar num referendo a 15 de dezembro de 1963 para decidir se aceitavam ou não a autonomia. O sim venceu e o País ganhou a Autonomia, tendo como Presidente Bonifácio Ondo Edú.
Valentes mulheres e homens lideraram uma luta sem precedentes para que a Guiné Equatorial se tornasse independente e, desta forma, pudesse acabar com a colonização espanhola no país, há mais de 200 anos. Nesta luta tombaram mártires da independência do país Acacio Mañe Ela, Rei Santiago de Uganda, Enrique Nvo Okenve, Salvador Ndong Ekang e muitos outros, aos quais continuaremos a render, para sempre, homenagem inquestionável e merecida.
Já nas eleições realizadas após os acordos correspondentes e nas lutas incessantes pela concessão da Independência da Guiné Equatorial, a primeira volta foi em 22 de setembro e, na segunda volta, não tendo havido vencedor na primeira, em 29 de setembro de 1968, Francisco Macías Nguema Biyogo é proclamado como o primeiro Presidente do País, que assinaria o acto de independência do País em nome da Guiné Equatorial e, em nome de Espanha, Manuel Fraga Iribarne, Ministro da Informação e Turismo, que representou o então Chefe de Estado de Espanha, General Francisco Franco.