Frederico Pinheiro da Silva, Encarregado de Negócios da Embaixada de Portugal em Malabo, encontrou-se com o Reitor da Universidade Nacional da Guiné Equatorial (UNGE), Fliliberto Ntutumu Nguema, com o objectivo de conhecer as principais áreas de cooperação e ver como contribuir para tornar o ensino da língua portuguesa mais eficaz na UNGE.
O representante de Portugal e do Instituto Camões na Guiné Equatorial salientou que a sua presença no país não faria sentido "se não fosse a profunda convicção da vontade total de contribuir para bons resultados, de avançar como parte contribuinte", salientando que o estudo da língua portuguesa é vital e crucial em todos os níveis educacionais para que a população, instituições e entidades da Guiné Equatorial se tornem uma parte cada vez mais profunda e participativa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Ambos os parceiros se comprometeram a melhorar ainda mais o ensino da língua portuguesa na instituição de ensino mais elevada do país.
Por seu lado, Ntutumu Nguema Nchama salientou que, sendo a universidade a mais elevada instituição de formação académica do país, a sua instituição lançou um plano de reestruturação da arquitectura académica da instituição, introduzindo, no seu seio, uma licenciatura em filologia portuguesa.
"Estamos actualmente a trabalhar nestas direcções e já fizemos progressos na elaboração dos planos e programas, agora precisamos da sua validação e aprovação final pelos órgãos estatutários estabelecidos para estes casos", disse o reitor da UNGE.
Filiberto Ntutumu continuou o seu discurso assegurando que a UNGE irá formar estudantes de filologia portuguesa, para que eles, por sua vez, possam ensinar esta disciplina nas escolas primárias e secundárias do país, de acordo com a estrutura educacional, "temos esperança de que os objectivos que nos propusemos, durante as conversações que tivemos, sejam alcançados com sucesso", afirmou.
A UNGE tem uma Faculdade de Ciências da Informação e Filologia Linguística, na qual está integrada a licenciatura em Filologia Portuguesa, e espera-se que no futuro sejam os diplomados desta licenciatura a ensinar Português nas escolas do país.