A Igreja Católica da Guiné Equatorial mobiliza mais de 50 jovens para participarem na Jornada Mundial da Juventude 2023 em Portugal

Publicado em 28 de julho de 2023 às 17:13

Dom Miguel Angel Nguema Bee e mais de uma dezena de sacerdotes e religiosas acompanharão o grupo de jovens equatoguineenses que se deslocará a Lisboa para participar na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que a Igreja Católica realiza este ano na capital portuguesa e que será presidida pelo Papa Francisco, de 1 a 6 de agosto próximo.

As JMJ são um dos grandes eventos mundiais organizados pela Igreja Católica com todos os jovens do mundo, como um acontecimento de fé e em ambiente de festa. Esta modalidade pastoral foi instituída por São João Paulo II em 1985, para que, de três em três anos, a Igreja reunisse jovens de todo o mundo para encontrar Jesus e celebrar a sua Esperança n'Ele.

 

Participação equatoguineense

Espera-se que a cidade de Lisboa acolha mais de 380.000 jovens de 151 países, dos quais mais de 8.000 participantes virão do continente africano. Os países africanos com maior número de participantes são a Nigéria e a África do Sul, com mais de 1.000, respectivamente, e a República Democrática do Congo, com mais de 825 participantes. Apenas 8 países dos 54 estados africanos não planearam participar na JMJ deste ano.

As cinco dioceses da Conferência Episcopal da Guiné Equatorial estarão representadas com uma delegação de mais de 60 membros, incluindo dez jovens, um padre e uma freira por cada diocese. D. Miguel Ángel Nguema, bispo de Ebibeyín e presidente da Comissão de Pastoral Juvenil da Conferência Episcopal, chefiará a delegação da Guiné Equatorial à JMJ. Num diálogo com ele, explicou os critérios de selecção dos participantes: "De acordo com o seu empenhamento nas paróquias e nos grupos de jovens e que, obviamente, tenham um passaporte válido".

A este grupo poderiam ainda juntar-se alguns jovens das delegações de algumas organizações internacionais da Igreja com presença na Guiné Equatorial, como os Claretianos e os Salesianos, que também poderiam ir em peregrinação a Portugal com os seus próprios grupos de jovens. "Os nossos jovens irão a Portugal para se encontrarem com Jesus, com cada um deles e com os outros jovens de outras culturas, sob a sombra do Espírito Santo da Igreja", afirma Raimundo Ondo, sacerdote e delegado da pastoral juvenil da diocese de Bata, que considera também que a JMJ será uma grande oportunidade para os jovens equatoguineenses serem também missionários.

 

Calendário de actividades

A Igreja na JMJ 2023 procurará manifestar-se como um jovem Povo de Deus, em peregrinação com o Papa para construir uma sociedade mais justa e fraterna. Para isso, serão realizadas intensas actividades espirituais durante esta semana, como celebrações eucarísticas, vigílias de oração, via-sacra, festivais e concertos.

Este ano, as JMJ vão estrear a Catequese "Rise Up", uma nova forma de Catequese que será dada pelos bispos nas Igrejas de Lisboa, para que os jovens, distribuídos em pequenos grupos de acordo com a língua, tenham a oportunidade de reflectir sobre os grandes temas lançados pelo Papa Francisco durante o seu pontificado, como a Ecologia Integral, a amizade e a misericórdia.

A Cidade da Alegria será outro momento importante desta JMJ, em que, ao mesmo tempo, o parque do perdão e a feira vocacional se juntarão e convidarão os jovens a entender a vida como um caminho de perdão e como um chamamento de Deus.

 

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